Servidores que estão em greve desde o dia 31 de agosto em função do novo parcelamento de salários pelo governo do Rio Grande do Sul acamparam na manhã desta terça-feira (8) na Praça da Matriz, no Centro de Porto Alegre, como forma de protesto dentro das mobilizações realizadas diariamente pelo estado.
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A praça fica localizada entre prédios públicos como a Assembleia Legislativa e o Palácio Piratini, sede do governo. Barracas foram montadas no local, e os servidores carregam faixas e bandeiras de sindicatos e entidades representativas.
Conforme definição do sindicato dos professores, o Cpers, "educadores e servidores públicos acampam em época de Semana Farroupilha para reivindicar o pagamento de salários". Na Semana Farroupilha, que vai até o dia 20 de Setembro no Rio Grande do Sul, quando se comemora a Revolução Farroupilha, um acampamento é montado em um parque em Porto Alegre para marcar os festejos.
Esta segunda greve do funcionalismo público terminaria no dia 3 de setembro, porém as categorias vêm debatendo sobre o assunto paraampliar o período. Os professores optaram por continuar a paralisação até o dia 11 de setembro, quando a segunda parcela do salário será paga.
Entidades de policiais civis, peritos e agentes penitenciários, reunidos na segunda-feira (7), também decidiram retomar a greve até o dia 11, em todo o estado. Já soldados da Brigada Militar, oficiais da corporação e bombeiros definiram que, no mesmo período, seguirá sendo realizada uma operação-padrão das categorias, com atendimento de apenas emergências.
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Protesto também dentro da Assembleia Legislativa
Servidores estaduais contrários ao projeto de lei sobre responsabilidade de gestão fiscal, tema debatido na Assembleia Legislativa na manhã desta terça-feira (8), lotaram a sala da reunião para pedir que ele seja retirado da pauta. Em meio à gritaria, o relator tentava ler o relatório, mas não era ouvido (assista ao vídeo).
Servidores estaduais contrários ao projeto de lei sobre responsabilidade de gestão fiscal, tema debatido na Assembleia Legislativa na manhã desta terça-feira (8), lotaram a sala da reunião para pedir que ele seja retirado da pauta. Em meio à gritaria, o relator tentava ler o relatório, mas não era ouvido (assista ao vídeo).
"Retira! Retira! Retira!", gritavam os servidores na sala Maurício Cardoso.
Os servidores pressionam porque, segundo eles, a aprovação da proposta limitará a contratação de pessoal e vai precarizar a prestação do serviço público, em especial nas áreas de segurança pública e educação.
O Projeto de Lei Complementar 206/2015, do Executivo, estabelece normas de finanças públicas no âmbito do estado, voltadas para a responsabilidade da gestão fiscal, e cria mecanismos prudenciais de controle para o equilíbrio financeiro das contas públicas.
Como o projeto limita em 60% o gasto do governo com servidores, eles entendem que a medida barraria qualquer reajuste salarial.
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