G1
Depois de três dias de paralisação, os serviços voltam a se normalizar neste sábado (22) no Rio Grande do Sul. Como decidido em assembleia no dia 18 de agosto, o funcionalismo público fez greve de quarta (19) a sexta-feira (21), contrários às medidas do governo gaúcho para conter a crise. Entre elas parcelamento de salários e aumento de ICMS - projeto enviado à Assembleia Legislativa.
A retomada dos serviços foi garantida pelo presidente da Federação Sindical dos Servidores Públicos do Estado (Fessergs), Sérgio Arnoud. Ainda não há, porém, um balanço sobre o período de paralisação. Esse levantamento será realizado em assembleia convocada para a próxima segunda (24), em Porto Alegre.
A Fessergs, entretanto, não descarta que pode haver novas mobilizações. Principalmente se o salário deste mês voltar a ser parcelado. O pagamento deve ocorrer no dia 31 de agosto.
O setor da Educação, mais afetado nos dias de greve, com escolas estaduais fechadas ou com serviços parciais, também anunciou a retomada do trabalho através do Centro dos Professores do RS. A partir de segunda-feira, segundo o Cpers, a orientação é para que os professores voltem a trabalhar normalmente.
Apesar disso, o Cpers pede que os professores mantenham "estado de greve". Ou seja, permaneçam alertas para uma nova mobilização, caso seja necessário. "Novas mobilizações ocorrerão sempre que o governo atrasar ou parcelar o salário do funcionalismo ou desrespeitar qualquer direito", diz, em nota.
Associações que representam policiais militares e civis também garantem o retorno ao trabalho de servidores que realizavam "operação padrão" nestes últimos dias. Destro desta medida, por exemplo, estava apenas registrar flagrantes e casos graves em delegacias. A Brigada Militar atuou com praticamente todo o efetivo, se acordo com a Abamf.
Conforme os sindicatos, se os salários foram parcelados novamente, a greve não será de três, mas sim de quatro dias. Esse aviso foi espalhado pelas associaçõs de todas as categorias.
Fazenda diz que precisa de 'mágica' para pagar contas
Após o bloqueio do caixa do governo gaúcho pela União, em razão do atraso no pagamento da dívida, que terminou na quinta-feira (20), o prazo ficou curto para arrecadar os recursos necessários e garantir a folha do funcionalismo deste mês.A Secretaria da Fazenda admite essa dificuldade.
Nos últimos dez dias, tudo que entrou no caixa do estado foi sequestrado pela União, porque o estado deixou de pagar a dívida de com o governo federal.
“Eu não tenho de onde buscar dinheiro extraordinário. Já saquei todos os depositos judiciais, eu não posso pegar novas operações de crédito. A União não tem sinalizado nenhuma ajuda para o estado. Então na verdade eu tenho que fazer malabarismo, tenho que fazer mágica, tenho que fazer todas essas despesas caber no dinheiro que eu tenho de 10 dias. Isso claro, é praticamente impossivel, é muito dificil”, aponta o subsecretário do Tesouro, Leonardo Busatto.
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