sábado, 16 de agosto de 2014

Educação não é prioridade

Jornal do Brasil

Rubens Passos

Após o término da Copa do Mundo, que mobilizou a atenção dos brasileiros durante um mês, o país sofre agora com a proximidade das eleições e a lentidão na tomada de decisões por parte do governo. Na Copa do Mundo ficamos em quarto lugar mas em educação continuamos a perder de goleada todo ano.     
A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) mantém um ranking da educação em 36 países, no qual o Brasil atualmente amarga a penúltima posição, à frente somente do México. Em outro ranking, um relatório produzido pela empresa de sistemas de aprendizado Pearson, o Brasil aparece na 38ª posição do ranking, na frente de México e Indonésia. O indicador do ranking é composto a partir de duas variáveis: capacidade cognitiva (medida por resultados de alunos nos testes internacionais Pisa, Timss e Pirls) e sucesso escolar (índices de alfabetização e aprovação escolar).
Apesar de ser essencial para  a sociedade brasileira, a educação, ou os projetos ligados a ela, deixaram mais uma vez de compor a pauta de prioridades a serem votadas e resolvidas pelos órgãos governamentais.

Com o “recesso branco”, que ocorre durante o período eleitoral, a Câmara e o Senado reduzem extremamente suas sessões e votam apenas algumas propostas pendentes, que na opinião das casas são fundamentais. 
O Brasil precisa, mais do que nunca, sair da inércia causada pelos  eventos que acontecem, ou que já aconteceram nos últimos meses no país, e voltar a decidir o que é realmente importante para a sociedade, seja com “recesso branco” ou não. A educação e tudo o que está ligado a ela deve ser tratado como prioridade máxima, pois está diretamente relacionado com a construção e manutenção de um país mais justo, desenvolvido e digno.

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