Assembleia legislativa
Com as galerias do plenário da Assembleia lotadas e sob um clima tenso, os deputados aprovaram o texto do Plano Estadual de Educação sem menções ao ensino sobre identidade de gênero. Embora a proposta estivesse no texto original até o início da tarde, emendas protocoladas pela base governista, e aprovadas, removeram o termo.
— Deputados da oposição querem algo que, no plano nacional, o governo foi contra. Estamos adequando o nosso plano ao federal. A questão de gênero não tem necessidade de estar em um plano que prevê a educação para os próximos cinco ou 10 anos — disse o líder do governo, Alexandre Postal (PMDB).
A discussão a respeito da inclusão ou não do tema nas metas da educação se estendeu até o início da noite e foi marcada por manifestações fortes tanto na tribuna quanto na plateia. Defensor da manutenção do texto original, Pedro Ruas (PSOL) explicou que o debate em sala de aula auxiliaria a reduzir o preconceito e a discriminação de gênero:
— Não abrimos mão dessa discussão. A identidade de gênero é uma expressão consagrada mundo afora e um direito reconhecido. Infelizmente, o governo não aceita isso.
Além da supressão da expressão, os deputados aprovaram as metas originais do texto, como a universalização do acesso à educação, ampliação da alfabetização de crianças, jovens e adultos, e melhoria das notas no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB).
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*Zero Hora
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