22/02/2014 - 21:18
Não existe secretário que deseje sala de aula sem professor”, diz Débora Vendramini, responsável pela Secretaria de Educação de Ribeirão Preto. Mas as necessidades da pasta, segundo ela, esbarram em barreiras burocráticas e – principalmente – financeiras.
Para este ano, a pasta detém 26% do orçamento municipal da administração direta. Em ofício encaminhado ao Conselho de Educação no ano passado, a pasta diz que o ideal seria ter 32% do total – pelo menos R$ 100 milhões a mais do que os R$ 426 milhões previstos. “Essa problemática não é apenas nossa, ocorre em âmbito nacional. Há municípios mais ricos do que Ribeirão chegando ao ponto de terceirizar a educação por falta de recursos”, diz a secretária.
Mesmo com os impedimentos, a Educação foi a secretaria que mais cresceu na prefeitura desde 2009 – o número de profissionais efetivos aumentou em 60%, passando de 2 mil para 3,3 mil.
A pasta, aliás, foi uma das principais responsáveis pela prefeitura ter ultrapassado no ano passado o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal – que mede a proporção de gastos com folha de pagamento em relação a arrecadação.
Isso não impediu que o ano letivo deste ano iniciasse com falta generalizada de docentes. Débora, entretanto, descarta problemas crônicos. “A rede municipal está em processo de equilíbrio”, garante.
Ela ressalta os aspectos positivos de sua gestão, como a implementação de 29 unidades de pré-escola em tempo integral e construção de 22 escolas.
Ela ressalta os aspectos positivos de sua gestão, como a implementação de 29 unidades de pré-escola em tempo integral e construção de 22 escolas.
“Além disso, Ribeirão Preto foi premiada no ano passado, pela segunda vez consecutiva, entre as 26 cidades do Brasil com excelência na merenda”, afirma a secretária, que contabiliza outros feitos da rede, como a conquista de 14 medalhas na Olimpíada Brasileira de Matemática.
Segundo Débora, houve melhorias também nas carreiras dos professores, com aumento dos salários e criação de projetos educacionais de longo prazo nas unidades. “Obviamente temos problemas na rede, mas são mínimos perante as virtudes. Batalhamos sempre para encontrarmos o equilíbrio entre o ideal e o possível, com a meta de melhorar a cada dia”, afirma.
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