O filme trata da história de Walt Kowalski, um veterano da guerra da Coréia, aposentado que trabalhou na Ford (indústria de automóveis) por 50 anos.Sua vida de aposentado se resume a fazer pequenos consertos, ir ao barbeiro e beber cerveja. Depois da morte da mulher Kowaslski fica mais mal humorado e ranzinza.
Walt não gosta das mudanças que ocorreram na sua vida, muito menos as mudanças ocorridas no bairro onde mora. Com o passar do tempo os seus vizinhos passaram a ser imigrantes do sudeste asiático. Ele é uma pessoa que tem dificuldades com a família, com os vizinhos e com o seu passado. Preconceituoso em relação à raça e a cor. A única coisa que lhe dá prazer é um carro chamado Gran Torino que é a sua paixão.
Mesmo contra a sua vontade Walt acaba se aproximando dos vizinhos hmong, principalmente dos adolescentes Tao e Sue que são alvos constantes de uma gang do bairro. O filme reúne vários assuntos presentes em nossa sociedade como o racismo, os problemas familiares, o preconceito, assuntos abordados no documentário ignorância da diversidade onde Muniz Sodré nos mostra como é importante a diversidade, para ele “só na diversidade e nas relações que se criam a partir dela é que podemos montar as redes de afeição e relacionamentos que precisamos para a nova realidade mundial”.O filme nos transmite uma realidade dura, nos deparamos com o olhar preconceituoso que não encontra um espelho no outro, mas sim a diferença. O personagem acaba se envolvendo e se sentindo necessário, ele passa a proteger a família e principalmente os adolescentes da gangue do bairro, que semeia o medo e a violência.
A partir dessa interação ele passa a rever vários conceitos e atitudes, e acaba por se tornar uma pessoa mais tolerante, principalmente em relação aos preconceitos que tinha.
A ignorância está justamente no fato de o ser humano ter preconceito, discriminar, sem nem saber explicar o motivo. O outro por ser diferente nos assusta, temos uma noção às vezes falsa da realidade, do que é correto e incorreto, ouvimos falar nem sabemos onde e já estamos opinando sem um verdadeiro conhecimento do assunto.
Devemos abrir as nossas mentes para o novo, acabar com a intolerância que não nos deixa aceitar que somos diferentes, pois ela nos leva à ignorância que é a falta de conhecimento. O que faz de cada pessoa um ser especial, é justamente a diferença, a diversidade nos estimula, nos desafia, devemos tentar compreender e respeitar as diferenças.
Texto de Mariene H. Freitas
Texto de Mariene H. Freitas
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